Vídeos mostram momento de execução no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos

DHPP investiga as circunstâncias do homicídio ocorrido na tarde desta sexta-feira (8). Na ação, outras três pessoas ficaram feridas. Duas delas foram socorridas ao Hospital Geral de Guarulhos.

Vinícius Andrade

redacao@guarulhostododia.com.br

Câmeras de Segurança

Publicado em 08/11/2024 às 20:21 / Leia em 4 minutos

Câmeras de segurança do desembarque do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos mostraram o momento que o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto a tiros, na tarde desta sexta-feira (8). Outras três pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para atendimento hospitalar. Até o momento, ninguém foi preso, mas a Polícia Militar encontrou na região da Vila Barros um Gol preto, o veículo usado pelos criminosos na ação. Recentemente, Gritzbach havia feito um acordo de delação premiada com a Justiça e revelou esquemas de lavagem de dinheiro do PCC, com policiais envolvidos.

Assista aos vídeos abaixo e acompanhe o @guarulhos.tododia no Instagram:

Nas imagens, é possível ver o momento que o Gol preto para na saída do desembarque do Terminal 2. Dois homens descem e atiram contra Gritzbach, que cai no chão. Muito rapidamente, os bandidos voltam para o carro e fogem. Centenas de passageiros e funcionários ao lado ficaram desesperados e correram.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que “o DHPP investiga as circunstâncias do homicídio ocorrido na tarde desta sexta-feira (8), no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Na ação, outras três pessoas ficaram feridas. Duas delas foram socorridas ao Hospital Geral de Guarulhos e a terceira atendida e ouvida no local. Outras testemunhas também estão sendo ouvidas pela Polícia Civil”.

A PM encontrou o Gol preto possivelmente usado na ação abandonado perto da avenida Otávio Braga de Mesquita, no bairro da Vila Barros, em Guarulhos, poucos minutos depois do tiroteio.

“A informação que nos passaram é que seriam cinco pessoas nesse veículo, que desembarcaram e efetuaram esses disparos utilizando fuzil e metralhadora. Depois, nesse local próximo da avenida Otávio Braga de Mesquita, eles abandonaram esse veículo e o pessoal do Batalhão de Choque encontrou o veículo. Dentro do veículo, tinha um colete à prova de balas e algumas munições de fuzil”, explicou o Capitão Simões, da Polícia Militar, em entrevista ao Brasil Urgente, da Band.

Antônio Gritzbach voltava de Goiás para São Paulo. Estava com a namorada, e o filho esperava no desembarque do aeroporto. Nenhum deles ficou ferido.

Segundo informações de reportagem exibida no Jornal Nacional, testemunhas que trabalham no aeroporto comentaram que o carro passou pelo menos duas vezes na área de desembarque antes de parar bem em frente a um ônibus da Guarda Civil Municipal, que é usado justamente como uma base de segurança. Normalmente, seis guardas armados ficam ali, mas no momento do crime não havia nenhum. Segundo a guarda, naquele momento estavam levando um preso à delegacia.

Delação premiada

O empresário chegou a permanecer um período preso, mas estava em liberdade condicional desde junho de 2023. Ele era acusado de ser o responsável pela morte de dois narcotraficantes do alto escalão do PCC: Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. Na denúncia, o Ministério Público de São Paulo diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.

Em uma delação premiada, homologada pela Justiça em abril deste ano, o empresário morto no Aeroporto de Guarulhos revelou esquemas de lavagem de dinheiro que envolviam o crime organizado e policias de São Paulo. Ele afirmou ter ciência de ao menos dez imóveis vendidos pela Porte Engenharia, empresa que ele trabalhava como um dos diretores, para membros do PCC.

Confessou ter participado de esquemas de lavagem de dinheiro da organização criminosa, mas sempre negou ser mandante da morte de Cara Preta e Sem Sangue. O empresário chegou a entregar quatro documentos, de empreendimentos da empresa na zona leste, ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

O Ministério Público de São Paulo disse que ofereceu mais de uma vez segurança a Antônio Gritzbach, mas ele sempre recusou a proteção.

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