As franquias de Guarulhos faturaram R$ 1.043.760.238 (um bilhão, quarenta e três milhões, setecentos e sessenta mil, duzentos e trinta e oito reais) no primeiro semestre de 2025, número que representa um crescimento de 11,80% frente ao mesmo período do ano passado. O dado consta na nova edição do Ranking das 30 Cidades do Franchising Brasileiro em Faturamento, realizado pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) e divulgado na última semana.
O estudo aponta um cenário de desenvolvimento econômico, fortalecimento regional e adaptação dos modelos de negócio das redes às novas dinâmicas do consumo. De acordo com a entidade, as franquias já estão presentes em 69% dos municípios brasileiros, ante 61% no ano passado.
Para quem ainda não está tão familiarizado com o assunto, uma franquia é basicamente um modelo de negócio em que uma empresa (franqueadora) já validada concede a outra pessoa (franqueado) o direito de usar sua marca, produtos e um sistema operacional em troca de uma taxa inicial e pagamentos contínuos (royalties).
Locais como shoppings, aeroportos e outros centros comerciais estão repletos de lojas que funcionam como franquias. Marcas como o McDonald’s e a Chilli Beans, por exemplo, operam em sistema de franquia.
O Ranking das 30 Cidades do Franchising Brasileiro em Faturamento
Para identificar os mercados de maior porte, a ABF inicialmente reuniu os dados das 30 maiores cidades por faturamento e então as ranqueou pelos maiores crescimentos nominais. O período de análise envolveu o primeiro semestre de 2025 frente a igual período do ano passado.
Entre as 30 cidades ranqueadas, 16 são capitais e 14 não-capitais, refletindo o avanço das franquias em municípios médios e o fortalecimento de polos regionais. Embora as capitais ainda concentrem 76% do faturamento, as não-capitais concentram 24% –sendo 12% do interior de São Paulo. Guarulhos é a segunda não-capital com o maior faturamento da lista, atrás apenas de Campinas, onde as franquias registraram R$ 1.937.837.867 de ganhos entre janeiro e junho de 2026.
Vale reforçar que a ordem do ranking é feita com base no crescimento percentual dos ganhos, não pelo valor do faturamento. Nesse cenário, Guarulhos está em sexto lugar geral, atrás de Porto Alegre (32,97% de alta), Jundiaí (29,26%), Santos (19,51%), São Paulo (14,64%) e Florianópolis (13,03%).
Confira o ranking completo na tabela abaixo:
| RANKING MUNICÍPIOS – ABF CON 2025 | |||||
| Posição | Cidade | 1° SEM 2024 | 1° SEM 2025 | % Variação Fat. | |
| 1° | Porto Alegre | R$ 1.346.573.271 | R$ 1.790.491.135 | 32,97% | |
| 2° | Jundiaí | R$ 673.707.699 | R$ 870.809.123 | 29,26% | |
| 3° | Santos | R$ 632.713.391 | R$ 756.158.579 | 19,51% | |
| 4° | São Paulo | R$ 13.713.126.242 | R$ 15.721.225.521 | 14,64% | |
| 5° | Florianópolis | R$ 916.230.503 | R$ 1.035.624.939 | 13,03% | |
| 6° | Guarulhos | R$ 933.595.513 | R$ 1.043.760.238 | 11,80% | |
| 7° | Cuiabá | R$ 708.708.551 | R$ 791.970.836 | 11,75% | |
| 8° | Salvador | R$ 1.573.299.737 | R$ 1.753.151.512 | 11,43% | |
| 9° | Belém | R$ 910.221.999 | R$ 1.009.137.928 | 10,87% | |
| 10° | Manaus | R$ 1.057.579.305 | R$ 1.170.605.172 | 10,69% | |
| 11° | Teresina | R$ 668.838.846 | R$ 739.846.139 | 10,62% | |
| 12° | Campo Grande | R$ 736.718.532 | R$ 811.810.544 | 10,19% | |
| 13° | Londrina | R$ 742.187.832 | R$ 815.586.250 | 9,89% | |
| 14° | Uberlândia | R$ 730.634.788 | R$ 802.649.632 | 9,86% | |
| 15° | Brasília | R$ 2.777.224.087 | R$ 3.048.223.349 | 9,76% | |
| 16° | Goiânia | R$ 1.745.323.813 | R$ 1.910.655.100 | 9,47% | |
| 17° | Campinas | R$ 1.770.197.907 | R$ 1.937.837.867 | 9,47% | |
| 18° | São José do Rio Preto | R$ 749.074.826 | R$ 819.399.036 | 9,39% | |
| 19° | Curitiba | R$ 2.779.587.728 | R$ 3.039.821.110 | 9,36% | |
| 20° | Fortaleza | R$ 1.452.376.261 | R$ 1.586.315.912 | 9,22% | |
| 21° | Santo André | R$ 874.357.412 | R$ 954.297.984 | 9,14% | |
| 22° | São Luís | R$ 817.332.072 | R$ 891.867.226 | 9,12% | |
| 23° | Recife | R$ 1.509.533.385 | R$ 1.635.483.010 | 8,34% | |
| 24° | São José dos Campos | R$ 853.473.091 | R$ 922.947.049 | 8,14% | |
| 25° | Sorocaba | R$ 772.920.192 | R$ 832.038.509 | 7,65% | |
| 26° | São Bernardo do Campo | R$ 846.319.615 | R$ 902.887.703 | 6,68% | |
| 27° | Ribeirão Preto | R$ 968.126.017 | R$ 1.032.610.499 | 6,66% | |
| 28° | Rio de Janeiro | R$ 6.300.327.782 | R$ 6.697.574.203 | 6,31% | |
| 29° | Barueri | R$ 882.718.544 | R$ 920.974.055 | 4,33% | |
| 30° | Niterói | R$ 828.570.686 | R$ 864.282.476 | 4,31% | |
| TOTAL | R$ 51.271.599.625 | R$ 57.110.042.636 | 11,39% | ||
Quais franquias estão em alta?
A pesquisa também mostra que o crescimento de formatos leves e híbridos, como quiosques, dark kitchens (preparação de alimentos somente para entrega) e microfranquias, tem sido decisivo para a entrada de marcas em mercados menores. Além disso, a digitalização das operações, com e-commerce e delivery, vem ampliando o alcance das redes, reduzindo barreiras logísticas e permitindo que franquias atuem em regiões de menor densidade populacional.
Em relação aos segmentos, os Top 5 por variação positiva no faturamento no período analisado foram:
- Alimentação – Comércio e Distribuição (23%)
- Saúde, Beleza e Bem-Estar (15%)
- Limpeza e Conservação, Serviços Automotivos e Alimentação – Food Service (12%)
Já entre os Top 5 segmentos por participação no faturamento dos municípios que compõem o ranking, destacaram-se: Saúde, Beleza e Bem-Estar (21%), Alimentação Food Service (20%), Serviços e Outros Negócios (12%), Alimentação Comércio e Distribuição e Moda (11%).
De acordo Tom Moreira Leite, presidente da ABF, os dados reforçam o dinamismo e a capilaridade do setor de franquias brasileiro. Além disso, alguns fatores explicam essa descentralização do setor de franquias pelo Brasil.
“O custo operacional mais competitivo, com aluguéis e encargos menores fora das capitais; mercados menos saturados, com maior espaço para consolidação de marcas; melhoria da infraestrutura e logística, impulsionada pela digitalização e novas rotas de distribuição; busca por qualidade de vida de empreendedores e investidores, que têm priorizado cidades médias e apoio de políticas locais, com incentivos fiscais e simplificação regulatória para atração de franquias são a meu ver alguns dos principais fatores que têm favorecido a interiorização das redes de franquias no país”.
Tom Moreira Leite, presidente da ABF
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