Entregadores de aplicativo de cidades espalhadas por todas as regiões do país marcaram para hoje (31) e amanhã um “breque nacional dos apps”. Os organizadores prometem paralisar as entregas nestes dois dias, dos principais aplicativos do país, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega. O objetivo é exigir melhores condições de trabalho e aumento das taxas pagas aos trabalhadores. Uma conta no Instagram tem sido um dos principais instrumentos de divulgação do protesto.
Segundo o SindimotoSP, um dos organizadores da paralisação, as quatro reivindicações da categoria são: taxa mínima de R$ 10,00 por corrida, aumento do pagamento por quilômetro rodado de R$ 1,50 para 2,50, limite do raio de atuação das bicicletas para um raio máximo de três quilômetros e pagamento integral de cada pedido, nos casos em que diversas entregas estiverem na mesma rota.
O SindimotoSP acredita que a paralisação ocorrerá em todo o país, onde atuam cerca de 1,8 milhão de entregadores e mototaxistas. Só em São Paulo, segundo a entidade, a categoria tem cerca de 800 mil trabalhadores. Por isso, a entidade aposta em uma manifestação na cidade. A partir das 10h00 os entregadores devem se concentrar na Praça Charles Muller, no Pacaembu. Dali, seguem para a avenida Paulista, onde devem fazer uma parada, no vão livre do Masp. E depois a manifestação segue até a sede do iFood.
A Amobitec, associação que reúne as empresas de entrega por aplicativo, informou, em nota, que “atuam dentro de modelos de negócios que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que buscam formas acessíveis para utilizar os serviços de delivery”. Ou seja, em linguagem mais simples, a entidade sugere que o aumento na remuneração dos entregadores pode exigir o aumento nos valores cobrados dos usuários dos aplicativos de entrega.
A Amobitec apresentou um estudo sobre a evolução da remuneração dos entregadores de aplicativo. De acordo com o levantamento, feito pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), a renda média de um entregador subiu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024, atingindo R$ 31,33 por hora trabalhada.
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