O Guarulhos Todo Dia noticiou, no início deste mês, como mudanças nos acessos dos motoristas que saem do Jardim Álamo e do Rodoanel em direção à Dutra prejudicaram o trânsito desde o pedágio de Arujá até o Trevo de Bonsucesso. Na ocasião, a concessionária CCR RioSP explicou que essas alterações fazem parte do pacote de obras e melhorias que a empresa vem fazendo na Via Dutra desde que assinou com o governo federal o novo contrato de concessão, em 2022, e disse que o problema no congestionamento está atrelado à Prefeitura de Guarulhos, que deveria ampliar a capacidade de tráfego nas avenidas e alças de acesso da região.
Já a prefeitura apontou que as diversas obras ao longo da rodovia Presidente Dutra, de responsabilidade de concessionária, impactam diretamente o trânsito no Trevo de Bonsucesso. Além disso, informou que Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana de Guarulhos atuou, durante os piores dias de trânsito nas mudanças dos acessos, para “garantir o escoamento do tráfego em uma das alças do Trevo e também no acesso à avenida Amâncio Gaioli, onde há um acesso provisório feito pela concessionária, que gera um conflito entre os veículos que chegam ao local”.
O que precisa ser feito?
Nesta segunda-feira (12), a Diretoria Regional do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) Guarulhos divulgou um comunicado destacando que é a única entidade da sociedade civil da cidade na Comissão Tripartite que acompanha as obras da CCR RioSP, no trecho da Via Dutra, entre a Marginal Tietê e o pedágio de Arujá.
Ao explicar sobre o monitoramento realizado pelas equipes e detalhar as obras que estão sendo feitas, o CIESP reforçou que a CCR RioSP identificou, por meio de uma microssimulação de tráfego, três pontos críticos de trânsito na região do Trevo de Bonsucesso que são de responsabilidade da Prefeitura de Guarulhos.
“A concessionária já entregou um estudo contendo sugestões de readequação para esses pontos, que, se implementadas, poderão melhorar significativamente as condições de tráfego no local”, explica a instituição. Entre as recomendações, destacam-se:
- as intervenções nos cruzamentos da Av. Paschoal Thomeu com a Av. Francisco Xavier Correa e da Av. Papa João Paulo I com a Rua Antônio Mestriner
- Implementação de alça sob o viaduto municipal
- Ampliação da faixa de aceleração na nova alça de entrada do Trevo, na pista marginal sul
Obras na Dutra vão até quando?
As obras na Via Dutra começaram no ano passado e estão previstas para terminar em fevereiro 2025. Enquanto as mudanças acontecem, algumas faixas ficam bloqueadas e a dor de cabeça do motorista aumenta. A promessa, no entanto, é que quando tudo estiver pronto a situação fique bem melhor.
A CCR RioSP já entregou dois trechos de pistas marginais na região de Bonsucesso da Via Dutra em Guarulhos. O primeiro deles foi no início de abril, entre o km 209 e 211, no sentido Rio de Janeiro. Em maio, a concessionária concluiu as obras de ampliação da capacidade de tráfego na altura do Trevo de Bonsucesso, com a liberação das novas pistas marginais. Além disso, liberou o novo dispositivo de retorno na região da Jacu Pêssego, no quilômetro 213.
Agora no fim de julho, o polêmico trecho entre os km 205 e 209 da nova pista marginal sentido São Paulo, na região do Jardim Álamo, foi liberado ao tráfego. A mudança realizada nos acessos de quem vem do bairro e do Rodoanel causou transtornos na primeira semana de agosto, mas ajustes feitos no trânsito e a liberação dos novos trechos tendem a melhorar a situação.
Além da construção de novas pistas marginais, a CCR RioSP está com uma série de obras que influenciam diretamente na rotina do trânsito de Guarulhos.
A concessionária ampliará a pista expressa, passando de duas para três faixas de rolamento entre os km 218 e 231, entregará novos viadutos ligando à Via Dutra as rodovias Fernão Dias e a Hélio Smidt, principal acesso ao aeroporto, além de uma nova chegada a São Paulo, com a construção de um novo acesso da Dutra à ponte do Tatuapé. O investimento da CCR RioSP é de R$ 1,4 bilhão.