Enquanto os guarulhenses ainda escolhiam quem seria o novo prefeito da cidade, uma grande obra foi iniciada na avenida Rosa Maria da Conceição Barbosa, na região central de Guarulhos. O trânsito foi interrompido no trecho entre a avenida Papa João XXIII e a rua Miguel Ricci no dia 03 de outubro passado. E duas placas foram colocadas, uma em cada extremo desse trecho, com informações sobre a obra.
Como era período eleitoral, as placas não tinham nenhum símbolo da Prefeitura de Guarulhos. Ali constava a informação de que se tratava da execução de serviços de canalização do Córrego dos Cubas, no trecho entre as avenidas João XXIII e Salgado Filho. O gerenciamento da obra é da Secretaria de Obras e a execução é da empresa MP Terraplenagem, Engenharia e Construções.
Nas placas constam ainda os números de autorização ambiental, licença prévia e instalação, além de autorização da obra. Consta também o número de outorga do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), já que se trata de obra em um córrego. E, talvez, a informação mais importante disponível ali: o valor do contrato para execução desses serviços é de R$ 11.359.619,12. Nenhuma informação sobre prazo de conclusão da obra.
Moradores da região e pessoas que passam pelo local ficaram com uma série de dúvidas. Afinal, aquele trecho da avenida Rosa Maria da Conceição Barbosa não é asfaltado. Poucos carros, circulavam pela via única, com mão dupla, geralmente cheia de buracos e sujeira. As águas do corrégo, corriam ao ar livre. Isso significa, com frequência, a convivência com mau cheiro. Mas, ao mesmo tempo, pelo menos nos últimos vinte anos nunca foi registrado um alagamento no local.
O que vai mudar com a canalização? O córrego deixará de correr ao ar livre em todo o trecho, assim como já ocorre na avenida Paulo Faccini? O que será feito sobre o trecho canalizado? Será construída uma avenida, asfaltada, de duas vias, para servir de opção de trânsito à avenida Salgado Filho? Ou pode ser criada ali uma extensão do Bosque Maia, aproveitando a vegetação existente no trecho e fazendo uma conexão com a avenida Benjamin Harris Hunniccut, que tem ilhas de vegetação no seu canteiro central? Ou, simplesmente, o canal será coberto de terra e tudo voltará a ser como era antes da obra?
Guarulhos Todo Dia esteve no local, poucos dias depois de iniciada a obra. Nós também enviamos solicitação de informações para a assessoria de imprensa da Prefeitura de Guarulhos, mas não tivemos retorno, mesmo depois de mais um mês de espera. Veja como estava o local em outubro, na galeria de fotos, logo abaixo.
E depois, veja a gelaria de fotos que fizemos na semana passada, quando voltamos ao local e registramos a rápida evolução das obras. Uma diferença que notamos também foi no acesso ao local. Agora, no acesso próximo à rua Miguel Ricci há um portão improvisado, constantemente fechado e com arame farpado para evitar a entrada. Você pode ver como está na foto que abre este texto. No outro trecho, perto do Bosque Maia, há uma guarita, com segurança, que impede a entrada de pessoas que não estejam trabalhando na obra.
Nós também solicitamos, agora, informações para o DAEE, que até mudou de nome e agora se chama SPAguas (Agência de Águas do Estado de São Paulo). Se conseguirmos informações, voltaremos ao assunto. E se você souber de algo sobre essa obra, pode nos informar pelo e-mail redacao@guarulhostododia.com.br ou pelo nosso WhatsApp: 11 5196-2910.
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