Você conhece Carlos Dafé? Mesmo que não se lembre pelo nome, tenho certeza de que você já ouviu um ou mais dos maiores sucessos desse cantor e compositor. A romântica e gingada “Pra que vou recordar o que chorei”, por exemplo. Ou a deliciosa e quase chorada “Venha Matar Saudades”. Ou ainda a mais esperançosa “Da Alegria Raiou o Dia”. Se não reconhece pelo nome, faça uma busca e ouça. Se você gosta de música negra para dançar, com certeza vai agradecer pela dica.
E, por falar em dica, aproveite que já estão à venda os ingressos para o show que Carlos Dafé fará no Sesc Guarulhos no próximo dia 22, um domingo, a partir das 18h00. Aos 77 anos, Dafé continua na ativa e cada vez mais valorizado. Gravou e fez apresentações em Los Angels, a convite do projeto “Jazz is Dead”, dos músicos Adrian Younge, Ali Shaheed Muhammad (do grupo A Tribe Called Quest), Andrew Lojero e Adam Block.
Carlos Dafé é um dos grandes nomes da soul music brasileira dos anos 70, ao lado de Tim Maia, Cassiano e Hyldon. O jornalista Nelson Motta lhe deu o apelido de “Príncipe do Soul”, que foi adotado para sempre. Durante os anos 80, o nome dele era presença constante nos “lambe-lambes” espalhados pelos muros de São Paulo, anunciando os shows de equipes de dança como Chic Show, Zimbabwe e Kaskatas. Quem viveu o período dos baile black não se esquece.
Cantor e multiinstrumentista, Dafé já estudava em conservatório aos 11 anos e aos 14 tocada em conjuntos e orquestras. Em 1970, saiu em turnê como Fuzi 9, grupo dos fuzileiros navais. Em 1977 lançou “Pra que vou recordar o que chorei” e em 1978 lançou “Venha Matar Saudades”, os dois álbuns com seus maiores sucessos. A música que deu nome ao primeiro álbum foi parte da trilha sonora da novela Dona Xepa, na sua primeira edição. Tocou com Tim Maia, Banda Black Rio, Nana Caymmi e Emílio Santiago, entre outros artistas.
Vá ao show e ouça mais a obra de Carlos Dafé. Resumindo, essa é a nossa dica.
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