A concessionária CCR RioSP conseguiu uma liminar na Justiça guarulhense para proibir moradores do Jardim Álamo de se manifestarem na Rodovia Presidente Dutra. No último sábado (20), um grupo protestou no km 205 da rodovia contra a decisão da concessionária de fechar o acesso dos moradores à Dutra pela rua Tamotsu Iwasse, bem na divisa de Guarulhos com Arujá.
O bloqueio desse acesso é uma das mudanças em meio às obras que a concessionária CCR RioSP faz ao longo de toda a rodovia que passa por Guarulhos. A manifestação causou congestionamento de mais de dois quilômetros, na altura do pedágio. Antes, no dia 9 de julho, já havia acontecido outro protesto.
Além de tentar barrar o fechamento do acesso, quem vive no Jardim Álamo também quer impedir que o ponto de ônibus que atende o bairro seja retirado dali. O argumento da concessionária é que qualquer mudança no projeto aprovado junto governo federal deve ser analisada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT.
Liminar contra manifestações
Nesta sexta-feira (26), a 8ª Vara Cível da Comarca de Guarulhos concedeu uma liminar, a pedido da CCR RioSP, impedindo que novos atos de bloqueio ao tráfego de veículos na Dutra sejam realizados no km 205. A ação tem o nome de Interdito Proibitório, usado quando o detentor da posse de um bem tem esse direito ameaçado. Se os organizadores das manifestações descumprirem a decisão, vão precisar pagar R$ 20 mil por indivíduo que descumprir a decisão.
Apesar da liminar, “a concessionária ressalta que respeita o direito constitucional à manifestação, mas não pode permitir que os direitos de seus clientes sejam prejudicados. Além do mais, trabalha de forma a garantir a segurança dos usuários e colaboradores que atuam na operação da rodovia, uma vez que movimentações como estas colocam em risco a trafegabilidade da rodovia, podendo, inclusive, gerar acidentes”.