Extensão da Linha 2-Verde do Metrô recebe R$ 3,6 bilhões de financiamento do BNDES

Dinheiro será investido na compra de 44 novos trens; linha deve ter obras iniciadas em Guarulhos a partir de 2026.

Vinícius Andrade

redacao@guarulhostododia.com.br

Futura estação Aricanduva da Linha 2-Verde: serão cinco níveis distribuídos em 27 metros de profundidade (Foto: Governo de SP)

Publicado em 29/11/2024 às 15:51 / Leia em 4 minutos

O projeto de extensão da Linha 2-Verde do Metrô teve um financiamento de R$ 3,6 bilhões aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O contrato foi assinado nesta sexta-feira (29) no Palácio do Planalto, em Brasília. De acordo com o governo de São Paulo, o dinheiro será usado para a compra de 44 novos trens destinados ao aprimoramento do sistema metroviário na capital paulista.

Atualmente, a Linha 2-Verde liga a Vila Madalena à Vila Prudente e está com obras acontecendo na zona leste. O ramal será prolongado em 8,2 quilômetros, com oito novas estações até o bairro da Penha, onde haverá integrações com a Linha 3-Vermelha e a Linha 11-Coral.

O financiamento do BNDES ao governo paulista refere-se aos trens e garante que sejam produzidos pela indústria nacional. O projeto tem previsão de conclusão até dezembro de 2028 e vai atender 1,2 milhão de pessoas diariamente.

“Uma nova era está se abrindo no transporte ferroviário, no transporte metroferroviário, com a expansão do metrô, com expansão dos trens, ou seja, está se criando a demanda para que a gente possa ter aqui a indústria de material rodando sendo revigorada”, disse o governador Tarcísio de Freitas durante o evento.

Além disso, a partir de 2025 começarão as obras na futura estação Penha de França em direção a Guarulhos.

Mapa de expansão da Linha 2-Verde do Metrô, que vai chegar a Guarulhos saindo da zona leste (Penha)

Rodoanel Norte, ônibus elétricos e Trem Intercidades

Além do contrato de financiamento para a compra dos trens, o BNDES firmou com o estado de São Paulo e com a prefeitura da capital paulista outros três contratos de financiamento para obras de infraestrutura e mobilidade. Os acordos somam R$ 10,65 bilhões. As ações integram o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Lula, Ricardo Nunes e Tarcísio de Freitas em cerimônia de assinatura para o PAC

Trem Intercidades

O contrato com o estado prevê o Trem Intercidades (TIC), numa intervenção que deve beneficiar 11 municípios e 15 milhões de pessoas. O TIC será o serviço expresso em 101 km de trilhos entre São Paulo e Campinas, com parada em Jundiaí. O empreendimento engloba ainda a implantação do Trem Intermetropolitano (TIM) entre Campinas e Jundiaí e a concessão da Linha 7-Rubi, atualmente operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na ligação de Jundiaí até a capital.

O investimento total é de R$ 14,5 bilhões, com R$ 6,4 bilhões de financiamento do BNDES para apoiar o aporte do governo de São Paulo no Eixo Norte da obra. O financiamento foi dividido em duas etapas, sendo a etapa atual, assinada hoje, no valor de R$ 3,2 bilhões. A segunda etapa, de mesmo valor, será assinada em 2025.

Rodoanel Norte

Já R$ 1,35 bilhão será integralmente utilizado como garantia para execução das obras de construção do trecho norte do Rodoanel, ligação que deve impactar de forma direta a mobilidade em Guarulhos, pois deverá desviar o tráfego de cerca de 30 mil caminhões e 54 mil automóveis da Marginal Tietê por dia, criando uma ligação entre a Via Dutra e a Bandeirantes, com acessos para o Aeroporto de Guarulhos e a Fernão Dias. O investimento total é de R$ 3,4 bilhões, dos quais R$ 2 bilhões destinados à finalização.

O projeto contempla a construção de uma pista dupla, com um canteiro central que separa as duas vias e controle total de acesso, seguindo o mesmo padrão adotado nos trechos já em operação (oeste, sul e leste). A extensão total da nova via será de 19,7 km, com 4 faixas em parte desse percurso e 3 faixas em outra parte.

A cerimônia de assinatura de contrato com o BNDES contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador Tarcísio de Freitas, do vice-presidente Geraldo Alckmin, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e do prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, que firmou empréstimo de R$ 2,5 bilhões para a aquisição de 1,3 mil ônibus elétricos.

*Com informações da Agência SP e da Agência Brasil


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