Os produtos e serviços mais procurados para o Dia das Mães tiveram aumento abaixo da inflação no último ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A alta para o grupo de presentes mais comuns foi de 2,02% nos últimos 12 meses (até abril/24), valor abaixo da média de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que alcançou 3,13% no período. Além disso, o ritmo de aumento dos preços para bens e serviços consumidos durante esse período foi menor do que o observado em 2023, quando a alta foi de 4,4%.
No grupo de “bens”, houve queda de 0,16% nos preços. Nesse segmento, destacam-se os seguintes produtos: celulares (-3,35%), computadores (-2,77%), máquina de lavar roupas (-2,71%), perfumes (-1,76%), geladeira (-1,62%) e roupas femininas (-0,22%).
Já na parte de serviços, veio a maior inflação, com um aumento médio de 4,24%. Destaques para hotéis (5,49%), cinemas (5,47%), bares e restaurantes (4,92%) e teatro (3,51%).
“Este número está acima da média de inflação para 2024, mas abaixo do aumento acumulado no mesmo período em 2023, que foi de 7,16%. Isso reflete a resiliência do setor de serviços que, apesar de registrar uma desaceleração no ritmo de aumento de preços, ainda se mantém acima da inflação média”.
Matheus Dias, economista do FGV Ibre
O pesquisador do FGV Ibre explica que o impacto no bolso do consumidor durante o Dia das Mães depende muito do orçamento. Afinal, os serviços que ficaram mais caros têm, na média, preço menor do que muitos bens utilizados para presentear as mães. “Em geral, um celular, por exemplo, é mais caro do que um bom jantar para celebrar a data”, observou Matheus Dias.
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