O Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) barrou a entrada de 576 quilos de pêssegos importados dos Estados Unidos. Auditores fiscais que atuam no Aeroporto de Guarulhos constataram a presença de lagartas nas frutas contaminadas. Foi preciso enviar o material para análise laboratorial para identificar a espécie.
Os pêssegos chegaram ao aeroporto na sexta-feira (7), segundo o auditor fiscal federal agropecuário Guilherme Farias. O exame aconteceu no laboratório de diagnóstico fitossanitário Agronômica, de Porto Alegre. O laudo com o resultado chegou na terça (11), já com o alerta de Praga Quarentenária Ausente (PQA). Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), “as pragas quarentenárias ausentes têm potencial de provocar prejuízos econômicos por não estarem presentes no território nacional, consideradas exóticas”.
No laudo, a praga identificada é a Anarsia lineatella. Ainda não se sabe os riscos que esse inseto poderia provocar ao país. O auditor agropecuário ressalta que sempre que uma praga inexistente entra no Brasil as consequências da introdução na fruticultura nacional são imprevisíveis.
Se não tivessem sido interceptadas pelo Vigiagro, essas frutas importadas seriam distribuídas para pontos de venda.
Sandra Kunieda, chefe do Vigiagro em Guarulhos, explica que a carga agora passará por uma fumigação, tipo de tratamento químico para mitigar os riscos de escape e introdução da Anarsia lineatella no Brasil. Em seguida, os pêssegos serão encaminhados para destruição por incineração.
A interceptação de pragas pelo Vigiagro é algo frequente, mas nem sempre são espécies ausentes no país, que são os maiores alvos na atuação deste serviço. O Vigiagro atua em pontos de fronteira do país, seja em portos, aeroportos ou fronteiras secas.