Guarulhos realiza evento do Dia Internacional da Mulher; cidade precisa avançar em igualdade

Para celebrar o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a prefeitura de Guarulhos realiza neste sábado (8) um evento...

Redação Guarulhos Todo Dia

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(Fotos: Divulgação/PMG)

Publicado em 07/03/2025 às 15:51 / Leia em 4 minutos

Para celebrar o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a prefeitura de Guarulhos realiza neste sábado (8) um evento com entrada gratuita e sem necessidade de credenciamento na praça da Vila Barros, das 10h às 18h. Informação, valorização do feminino e busca por direitos e igualdade estão entre as pautas do encontro, que tem como proposta trazer à tona assuntos relativos à realidade da mulher na sociedade e na cidade de Guarulhos, além de proporcionar um ambiente com atividades de entretenimento e lazer.

Vale lembrar que o setor público de Guarulhos tem muito a avançar em relação ao espaço para elas em cargos de poder, pois não há nenhuma mulher no alto secretariado do prefeito Lucas Sanches e também menos mulheres foram eleitas vereadoras –de 34 cadeiras disponíveis na Câmara, apenas quatro são da bancada feminina.

O evento contará com rodas de conversa entre a população e técnicos de diferentes áreas da prefeitura, palestras sobre a Lei Maria da Penha e o direito à segurança, prevenção à violência contra a mulher e ao feminicídio, autoestima e cuidados com a saúde, incluindo informações sobre a prevenção das ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).

Além disso, haverá um momento de reflexões a respeito da conquista de um espaço social pelas mulheres e da importância de que a busca por direitos seja contínua, como recordou o secretário de Cultura, João Vaz.

A diretora de Atividades Culturais de Guarulhos, Solange Cristiane Gonçalves, tem sua história intimamente ligada às conquistas femininas. Mulher negra em posição de destaque e liderança profissional, ela representa uma condição que até há pouco era vedada às suas pares, e fala sobre o assunto.

“Nós não apenas vivenciamos os avanços nos direitos das mulheres como somos agentes imprescindíveis deles. Cada uma de nós, em sua realidade, conquista por suas qualidades e força o espaço que há pouco nos era inacessível, e essa conquista não é somente para si, mas para todas; ela redime o sofrimento do passado de nossas mães e avós e pavimenta caminhos para as conquistas do futuro, de nossas filhas”.

Solange Cristiane Gonçalves, diretora de Atividades Culturais de Guarulhos

A praça da Vila Barros fica na esquina entre a avenida Otávio Braga de Mesquita e a rua Carlos Korkischko.

Cenário de desigualdade entre homens e mulheres

As mulheres representam 51,2% da população brasileira, de acordo com dados do terceiro trimestre de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda assim, a desigualdade de gênero é um problema estrutural que se manifesta em várias dimensões da vida social, econômica, política e cultural, refletindo em discriminação, violência, acesso limitado a recursos econômicos e disparidades em participação política, salários, emprego, educação e saúde.

Em relação à diferença salarial entre homens e mulheres, o Brasil fica em 117º lugar, no ranking do Global Gender Report, entre um total de 146 países. Segundo a Pnad Contínua 2019, as mulheres recebem cerca de 77,7% da renda auferida pelos homens.

Ao longo das últimas décadas, de acordo com o relatório Revisão de Políticas Públicas para Equidade de Gênero e Direitos das Mulheres, divulgado agora em fevereiro, foram desenvolvidas políticas para reduzir essas desigualdades, como a criação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, serviço que recebe denúncias de violações contra as mulheres, encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.

Entre 2019 e 2022, foram autorizados R$ 68,22 milhões para o enfrentamento da violência contra a mulher, no entanto, apenas R$ 35,34 milhões (51,8%) foram de fato liquidados. Apenas no exercício de 2022, o crédito autorizado foi de R$ 950 mil, mas não houve nenhuma liquidação de recursos.

A falta de políticas impacta também a garantia de direitos. Em relação à violência, no primeiro semestre de 2022, 699 mulheres foram vítimas de feminicídio, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia. Este número é 10,8% maior que o total de mortes registrado no primeiro semestre de 2019.

*Com informações da Agência Brasil

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