Os servidores públicos municipais de Guarulhos rejeitaram, em assembleia que reuniu cerca de 1.000 pessoas em frente ao Paço Municipal na tarde desta terça-feira (6), a proposta de reajuste salarial de 2% feita pelo prefeito Lucas Sanches. Educadores, profissionais da saúde, motoristas, operacionais, trabalhadores braçais e outras categorias se uniram para reprovar a oferta feita pela prefeitura.
A categoria, liderada pelo STAP (Sindicato dos Servidores de Guarulhos), também aprovou o início de uma greve geral a partir de segunda-feira (12), com concentração marcada para as 10h no Paço Municipal, no Bom Clima.
A proposta de 2% foi considerada insuficiente e desrespeitosa diante da defasagem salarial enfrentada pelos trabalhadores e da ausência de valorização do serviço público. Os servidores defendem, no mínimo, um reajuste que acompanhe a inflação anual –nos últimos 12 meses, até março de 2025, o acumulado do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) indicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de 5,48%.
Com a decisão em assembleia, os servidores entram em estado de greve a partir desta quarta (7), com o objetivo de ampliar a mobilização e convocar o maior número possível de trabalhadores para aderirem ao movimento.
No último dia 29, os líderes sindicais se reuniram com o prefeito Lucas Sanches e com parte do secretariado. A proposta da Prefeitura de Guarulhos é de reajuste salarial de 2%, o mesmo índice que foi concedido em 2024 pelo ex-prefeito Guti, e reajuste 5,48% em benefícios como cesta básica e VR.
Manifestação na Câmara Municipal
Como parte da mobilização, foi convocada uma manifestação nesta quarta (7), na Câmara Municipal de Guarulhos. O objetivo é dialogar com os vereadores e pedir que não votem a favor da proposta apresentada pelo Executivo.
O STAP diz que está aberto ao diálogo com a Administração Municipal, mas destaca que a categoria está unida e disposta a lutar por um reajuste digno e por melhores condições de trabalho.
A Prefeitura de Guarulhos diz que a proposta está “dentro dos limites legais de gasto com pessoal, garantindo o equilíbrio das contas públicas e a continuidade dos serviços essenciais para a população”.