Pedágio eletrônico: 10 perguntas e respostas sobre o free flow nas rodovias de São Paulo

Tire suas dúvidas sobre o sistema Siga Fácil e evite multas

Redação Guarulhos Todo Dia

redacao@guarulhostododia.com.br

(Foto: Reprodução)

Publicado em 21/07/2025 às 10:48 / Leia em 6 minutos

O Siga Fácil é o pedágio eletrônico das rodovias concedidas pelo Governo do Estado de São Paulo. À medida que os pórticos do chamado free flow forem instalados, as tradicionais praças de cobrança e cancelas deixarão de existir: o motorista não precisará mais parar para pagar. Sensores instalados nos pórticos identificam automaticamente a placa do veículo ou a tag instalada, permitindo a cobrança naquele ponto. No entanto, esse sistema ainda causa muitas dúvidas entre os motoristas.

No pedágio eletrônico, quem tem TAG (adesivo eletrônico) paga automaticamente pela operadora escolhida; quem não tem, é identificado pela placa e deve realizar o pagamento da tarifa em até 30 dias pelos canais oficiais das concessionárias. É importante lembrar que, em caso de não pagamento, a infração prevista é de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH.

Com o novo modelo, o motorista paga apenas pelos quilômetros percorridos no trecho, garantindo mais justiça tarifária do que o modelo atual. Além disso, o fim das cancelas e filas ajuda a reduzir congestionamentos e aumentar a segurança nas estradas.

Siga Fácil

Em São Paulo, o governo lançou o site do sistema Siga Fácil (sigafacil.sp.gov.br) para auxiliar motoristas com pagamento de pedágios na nova modalidade eletrônica.

O site do sistema Siga Fácil, nome do free flow paulista, traz um mapa indicando onde estão localizados os pórticos dos pedágios eletrônicos e fornece os links disponibilizados pelas concessionárias para pagamento avulso dos valores, ou seja, facilitando para aqueles usuários que não possuem uma tag. Os motoristas também encontram informações sobre como funcionam os pedágios eletrônicos e contatos da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e empresas para dúvidas.

De acordo com a gestão Tarcísio de Freitas, uma das vantagens do Siga Fácil é uma cobrança mais justa do pedágio. Isso porque o cálculo do preço do pedágio é feito sobre a distância que ele cobre. Então, se houver uma distância de 100 quilômetros entre duas praças, e a tarifa é de R$ 0,16, o preço do pedágio será R$ 16. Com o pedágio eletrônico, é possível ter mais praças nesse caminho e fragmentar o valor. Assim, o motorista paga apenas pelo trecho que percorreu na rodovia.

“Ou seja, antes havia praças de pedágio que abrangiam trechos muito grandes de rodovia e com tarifas maiores. Com o pedágio eletrônico, é possível colocar diversos pórticos com tarifas módicas para os usuários”, diz a diretora da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), Raquel Carneiro.

Localização dos pórticos

Essas são as localizações exatas dos pórticos atualmente em operação: 

Ecovias Noroeste Paulista:

  • Rodovia Carlos Tonanni (SP-333), km 110 – Jaboticabal (SP)
  • Rodovia Laurentino Mascari (SP-333), km 179 – Itápolis (SP)

Tamoios (SPi-097/055 – Caraguatatuba):

  • Na Rodovia dos Tamoios está localizado no Contorno Sul, km 13+500

Veja as dúvidas comuns sobre o pedágio eletrônico nas rodovias paulistas:

1 – Quem não tem TAG pode andar nas rodovias concedidas?

Sim! O sistema identifica o veículo pela placa e você pode pagar depois pelo site ou app da concessionária responsável.

2 – Quais são as formas de pagamento?

Pix, boleto, cartão de crédito ou débito, WhatsApp e aplicativo, dependendo da concessionária que administra o trecho.

3 – Quanto tempo tenho para pagar?

Você tem até 30 dias após passar pelo pórtico, conforme prevê a Resolução 1.013/2024 do Contran.

4 – E se eu esquecer de pagar?

Você tem até 30 dias para quitar o pagamento após a passagem pelo(s) pórtico(s). O não pagamento será considerado inadimplência e vai gerar multa. Nesse caso, consulte o site da(s) concessionária(s) para verificar os débitos e do DER/SP (após o prazo de 30 dias).

5 – Como funciona para quem quer usar TAG?

Basta contratar o serviço de uma das operadoras credenciadas, como Sem Parar, ConectCar, Veloe, Taggy, MoveMais, entre outras. Depois, cole a TAG no para-brisa e pronto.

6 – É verdade que vão cobrar pedágio dentro da cidade?

Não. Trechos urbanos e vias marginais seguem isentos. O pedágio só vale para pistas expressas das rodovias estaduais.

7 – E se houver erro na cobrança?

Você pode contestar divergências diretamente com a concessionária ou pelo aplicativo da Carteira Digital de Trânsito.

8 – Motociclistas pagam?

Motociclistas estão isentos nos trechos da Concessionária Novo Litoral (Litoral Paulista), Ecovias Nova Raposo (Nova Raposo) e CCR Sorocabana (Rota Sorocabana). Há cobrança nos trechos da Tamoios e Ecovias Noroeste. 

9 – Como fica a tarifa nos trechos onde as praças físicas estão sendo substituídas por pórticos?

A tarifa permanece a mesma que já era praticada na antiga praça de pedágio.

10 – O que fazer para não ser multado?

  • Passe normalmente pelo pórtico, sem parar.
  • Entre no site ou app da concessionária e informe a placa corretamente.
  • Pague a tarifa dentro do prazo de 30 dias.
  • Caso contrário, haverá multa de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH.

*Com informações da Agência SP


E o free flow na Dutra?

O sistema Siga Fácil não tem relação com a instalação dos pórticos de pedágio eletrônico na Via Dutra, em Guarulhos, pois a rodovia administrada pela CCR RioSP é federal.

Assim que as obras na Dutra chegarem ao fim –a previsão de conclusão é para o início do segundo semestre, a concessionária deve iniciar a implementação do sistema de pedágios sem cancelas nas pistas expressas.

No entanto, tanto a CCR RioSP quanto o governo federal terão que enfrentar a pressão política e judicial do prefeito Lucas Sanches e dos vereadores da cidade, que começaram a se articular recentemente na tentativa de conseguir isentar veículos emplacados em Guarulhos da cobrança do free flow também nas pistas expressas –não haverá cobrança para ninguém na local.

No último dia 3, a Câmara Municipal guarulhense realizou uma audiência pública para discutir os pedágios urbanos. O evento foi esvaziado, pois não contou com a presença da CCR RioSP e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

O Ministério Público Federal (MPF) também tenta um acordo com a CCR RioSP para alterar o contrato de concessão que foi assinado em 2022.

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