Se o guarulhense fizer uma retrospectiva de 2024, trafegar na Via Dutra provavelmente está na lista de momentos ruins deste ano. Com menos faixas por causa das obras de melhorias e expansão, a rodovia que liga Guarulhos a São Paulo virou um ponto praticamente certo de trânsito em diferentes horários do dia. Do Jardim Álamo a Ponte do Tatuapé, diversos pontos de congestionamento. Apesar da impressão de “obras sem fim” por causa da dor de cabeça diária, os trabalhos da concessionária CCR RioSP estão dentro do prazo e devem ser concluídos no primeiro trimestre de 2025, entre fevereiro e março.
Será uma nova Via Dutra, com viadutos de acesso para Fernão Dias, Hélio Smidt (no Aeroporto de Guarulhos), uma ligação adicional com a Ponte do Tatuapé e novas faixas de pista expressa em ambos os sentidos. A expressa, no entanto, terá cobrança de pedágio free flow, conforme o Guarulhos Todo Dia explicou recentemente.
Acabar com o trânsito na rodovia é um sonho praticamente impossível, mas a expectativa é que o tráfego de veículos aconteça de forma mais fluida e com os congestionamentos restritos principalmente aos horários intensos de pico.
Além disso, outra obra que tende a melhorar a situação do trânsito nas rodovias da região é a do Rodoanel Norte, que criará uma nova ligação com a Fernão Dias sem que o motorista que chega pela região de Arujá precise atravessar todo o trecho de Guarulhos da Via Dutra. A expectativa é que essa ligação fique pronta no final de 2025.
O canal Bueno Drone, parceiro do Guarulhos Todo Dia, publicou um vídeo no YouTube e mostrou como estão as obras da Via Dutra na altura da Fernão Dias. Os trabalhos de construção de viadutos estão em fase avançada. Para você ver como o trânsito não tem mais dia e horário, esse vídeo foi feito em uma manhã de sábado (30 de novembro), quando o tráfego é bem menos intenso do que num dia útil. Assista abaixo:
Dutra com free flow
A CCR RioSP está instalando 21 pórticos de free flow num trecho de 25 quilômetros em ambos os sentidos. Os “radares” de cobrança ficarão somente nas pistas expressas, de São Paulo (km 230) até Arujá (km 205). Quem usar a pista local da Dutra continuará sem pagar pedágio. Os equipamentos ficarão nas novas entradas e saídas das pistas marginais para as expressas.
O valor da tarifa do free flow ainda não foi definido. O formato da cobrança está em discussão entre a CCR RioSP e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Existe a possibilidade de a cobrança ser dinâmica, ou seja, variar de acordo com o trânsito na Dutra, e também de ser calculada de acordo com o trecho usado –por exemplo: o motorista que usou a expressa de Arujá a São Paulo pode pagar mais do que o motorista que usou a expressa somente da Fernão Dias até São Paulo.
As cobranças vão começar assim que as obras terminarem, até por conta disso é de total interesse da CCR RioSP terminar os trabalhos dentro do prazo.
As melhorias em andamento atualmente têm um custo de cerca de R$ 1,4 bilhão e incluem novas pistas marginais, ampliação das pistas expressas, além de novos viadutos na região da Hélio Smidt (em direção ao Aeroporto de Guarulhos), Fernão Dias e Tatuapé. Passarelas, o Trevo do Jacu Pêssego e o Trevo de Bonsucesso já foram entregues.
Abaixo, um vídeo com a projeção de como vai ficar a Dutra quando os três viadutos na altura da Fernão Dias estiverem prontos:
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