Em votação encerrada às 17h00 desta quarta-feira (4), os servidores decidiram aceitar um novo acordo salarial com a prefeitura. Foram 1.046 votos a favor da nova proposta (77,55%) e 310 votos contrários (22,45%).
Segundo o sindicato, o acordo foi construído em três reuniões de negociação com a prefeitura, após a suspensão da paralisação da categoria. Com a decisão de hoje, o dissídio da categoria no Tribunal de Justiça será concluído.
Para quem é sócio do sindicato, a votação foi online, pelo site do Stap (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos). Para votar, os sócios tiveram que se identificar pelo código funcional. Os não sócios puderam votar apenas presencialmente, na sede do sindicato. Estes tiveram que apresentar crachá da prefeitura e documento com foto para garantir o direito ao voto.
A proposta que foi apresentada para avaliação dos servidores:
- dias de greve e paralisações serão abonados
- reajuste de 7% nos valores dos vales refeição e alimentação
- reajuste de 7% no valor da cesta básica
- reajuste de 5,92% nos salários de trabalhadores operacionais, auxiliares de laboratório, auxiliar estafeta e operador de câmara escura – salário passará a ser de R$ 1.550,00
Com o acordo, nenhum trabalhador que presta serviço para a Prefeitura de Guarulhos receberá menos que o salário mínimo nacional, que desde o início do ano está em R$ 1.518,00.
A greve que levou à negociação
Os servidores públicos municipais de Guarulhos entraram em greve no dia 12 de maio, com uma manifestação em frente ao Paço Municipal, na avenida Bom Clima. A categoria decidiu não aceitar o reajuste de 2% nos salários, proposto pela prefeitura. A categoria reivindicava reajuste salarial de 8%, além de correção de 20% nos valores dos vales alimentação e refeição.
A Prefeitura de Guarulhos entrou com ação para acabar com a greve, mas a justiça autorizou a paralisação, com a garantia de que 70% dos servidores continuassem trabalhando. O prefeito Lucas Sanches publicou um vídeo, afirmando compreender a situação dos servidores, mas reafirmando a impossibilidade de oferecer um reajuste salarial maior para a categoria. Segundo o prefeito, a situação das contas públicas municipais não permitiria um aumento salarial superior a 2%.
A greve só foi suspensa no dia 19, depois de uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça. Segundo o sindicato, a suspensão foi proposta pelo desembargador Artur Cesar Beretta da Silveira, vice-presidente do TJ-SP. A proposta de suspensão da greve foi aprovada pela maioria dos servidores presentes em assembleia realizada naquela tarde, em frente à sede do Stap, na avenida Esperança.
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