Metrô em Guarulhos: Entenda o processo de licitação para as obras da Linha 19-Celeste

Orçamento do projeto é de quase R$ 20 bilhões. De acordo com informações do contrato, estações não devem ficar prontas antes de 2032.

Vinícius Andrade

redacao@guarulhostododia.com.br

(Imagem criada por Inteligência Artificial da futura estação Estação Bosque Maia, da Linha 19-Celeste)

Publicado em 06/05/2025 às 12:23 / Leia em 4 minutos

Os resultados das licitações que vão definir as empresas responsáveis pela construção da Linha 19-Celeste saem daqui a um mês. No edital, publicado em março, o Metrô dividiu a obra em três lotes. O trecho de Guarulhos está no lote 1, com as estações Bosque Maia, Guarulhos-Centro, Vila Augusta, Dutra e Itapegica. O lote 2 inclui as estações Jardim Julieta, Vila Sabrina (Jardim Brasil), Cerejeiras (Jardim Japão), Santo Eduardo e Vila Maria, além de um pátio de manutenção. E fazem parte do lote 3 as obras de Catumbi, Silva Teles, Cerealista (Pari), São Bento e Anhangabaú.

A empresa ou o consórcio contratado deverá fazer “a execução das obras civis, contemplando a elaboração do projeto executivo, obra bruta, arquitetura, via permanente e o fornecimento e implantação dos sistemas de alimentação elétrica e auxiliares”. Os leilões eletrônicos vão acontecer nos dias 4, 5 e 6 de junho, com a definição da licitação de um lote por dia.

Você pode ter visto em algum momento que a previsão era de que a Linha 19-Celeste do Metrô ficasse pronta até 2030. No entanto, esse prazo é praticamente impossível de ser cumprido. Mesmo que tudo caminhe da forma mais rápida possível, o que não costuma acontecer em uma obra desse porte, o prazo mínimo para a conclusão é de 75 meses –ou seja, pouco mais de seis anos. Já o contrato que será assinado entre o Metrô e os vencedores da licitação terá 85 meses de vigência, cerca de sete anos.

As 15 estações da Linha 19-Celeste do Metrô: 5 em Guarulhos e 10 em São Paulo

O processo de licitação para a construção da Linha 19-Celeste

Após a realização do leilão em junho, entra um período de habilitação e recursos, em que as empresas vencedoras devem comprovar que podem executar o serviço e as derrotadas podem ingressar com questionamentos sobre a disputa. Quando acontece algum tipo de problema nessas fases, o processo atrasa. Um exemplo bem recente: a licitação para a construção da Estação Ponte Grande, da Linha 2-Verde do Metrô em Guarulhos, está travada por causa da análise de um recurso.

Passada essa etapa, o leilão é homologado e o contrato pode ser assinado. A meta do governo de São Paulo é assinar os contratos e iniciar os projetos executivos até o fim de 2025, com a previsão de início das obras civis em 2026. Com o início da construção, os trabalhos devem ser concluídos em até 75 meses. Essa é uma previsão inicial, mas o documento em que os prazos são realmente oficializados é o projeto executivo, que fornece o detalhamento técnico da construção.

A implantação da 19-Celeste já conta com o projeto básico, que foi concluído pelo Metrô em 2024, fornecendo os subsídios para a elaboração do edital das obras e sistemas. Esse projeto considerou um inédito estudo mercadológico que agregou na concepção das estações as melhores formas de exploração comercial e imobiliária, em acordo com a região de cada estação, de forma a atrair investimentos e receitas não-tarifárias.

De acordo com o contrato, é o Metrô que deve obter as licenças ambientais e liberar as áreas necessárias para a implantação das obras –ou seja, fazer a desapropriação. O orçamento estimado para a Linha 19 é de R$ 19,5 bilhões, em investimento que será executado gradualmente ao longo de todo o período de implantação e abrangendo as obras civis, além de outras etapas que serão contratadas futuramente, como fornecimento de trens e sistemas de controle, bem como para as desapropriações necessárias.

Já as empresas ou consórcios vencedores, além da construção de 15 estações, também devem fazer 18 poços de saída de emergência e ventilação (VSE), readequar as estações São Bento (Linha 1-Azul) e Anhangabaú (Linha 3-Vermelha), que serão conectadas à futura linha. O futuro contrato também vai abranger implantação dos sistemas de Baixa Tensão e auxiliares, que envolvem painéis elétricos, escadas rolantes, elevadores, ventilação e detecção de incêndio, iluminação, sistemas de bombas, etc.

A futura Linha 19 do Metrô será uma importante ligação de Guarulhos com a capital. O ramal terá 17,6 km de extensão. A estrutura contará com 31 trens que vão transportar 630 mil passageiros por dia, que poderão ter o trajeto reduzido em até uma hora, e utilizar a conexão com outras três linhas de metrô (1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha), além da possibilidade de futuras conexões com linhas de trem.

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