Fernando Sastre de Andrade Filho deixará o Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos, em Cumbica, e será transferido para a Penitenciária de Tremembé. A transferência é um pedido dos advogados do empresário, denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por homicídio doloso qualificado (pena de 12 a 30 anos de reclusão) e lesão corporal gravíssima (que pode elevar a pena total em um sexto).
O presídio no interior de São Paulo é considerado a “cadeia dos famosos” –o ex-jogador Robinho, por exemplo, está lá. Detentos como Suzane Richthofen, Elize Matsunaga, o ex-médico Roger Abdelmassih e o casal Nardoni também passaram por essa penitenciária.
Apesar de não ter o selo de segurança máxima, a Penitenciária de Tremembé é considerada um modelo para outras unidades e costuma receber detentos que podem ter algum tipo de risco em “presídios comuns”.
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Habeas corpus negado
Na terça (7), a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão de Fernando Sastre Filho. O motorista do Porsche provocou a morte do motorista de aplicativo e morador de Guarulhos Ornaldo da Silva Viana na noite de 31 de março, na zona leste de São Paulo. O empresário se entregou na segunda (6), depois de ficar três dias foragido.
Segundo as investigações, o porsche que Fernando guiava estava em alta velocidade, acima dos 100km/h, antes de bater no Renault Sandero, de Ornaldo, que andava dentro do limite de 50km/h da avenida Salim Farah Maluf.
Durante o julgamento do habeas corpus no STJ, o advogado Eliseu Soares de Camargo defendeu a revogação da prisão e disse que a medida não é cabível para o caso. A defesa também acusou a imprensa de interferir no curso do processo.
“A imprensa o colocou como o maior vilão deste país. No dia [em] que a polícia foi lá [cumprir o mandado de prisão], ele estava em uma chácara, perto de São Paulo, para passar o fim de semana com a família, sem infringir nenhuma das cautelares”, afirmou o advogado.
*Com informações da Agência Brasil