A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de setembro. Com esse acionamento, as tarifas dos consumidores serão acrescidas em R$ 7,877 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Isso significa que o valor vai ficar R$ 0,07877 mais caro por kWh –basta multiplicar os quilowatts-hora indicados na sua conta de luz por esse valor acima.
Essa é a primeira vez que a bandeira vermelha 2 é acionada desde agosto de 2021. A culpa do aumento de preço, segundo a agência, é da previsão do tempo para setembro.
“A bandeira vermelha patamar 2 foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média em setembro, resultando em expectativa de afluência nos reservatórios das hidrelétricas do país (em cerca de 50% abaixo da média). Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD)”, justifica a Aneel, em nota.
Uma sequência de bandeiras verdes (quando não há custo extra) foi iniciada em abril de 2022 e interrompida apenas em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto.
O objetivo do governo federal é criar um consumo consciente da energia elétrica, evitando desperdício ao deixar a conta de luz mais cara. “Antes das bandeiras, o repasse desses custos de operação era feito apenas nos reajustes tarifários anuais: o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto”, explica o órgão.