A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu os efeitos da medida cautelar que proibia a realização de voos comerciais no Aeroporto Internacional de Guarulhos, além do limite de 1.274 frequências por semana. A própria agência determinou essa proibição, no dia 4 de junho, depois de encontrar problemas operacionais no aeroporto durante inspeções de fiscais.
Segundo o novo comunicado da Anac, a medida foi suspensa em razão da “demonstração da concessionária do cumprimento das exigências”, com “melhorias para o funcionamento do terminal”. Entre essas melhorias já cumpridas estariam reparos no sistema de pátio e taxiamento, melhoria na sinalização horizontal e reparos nos pavimentos.
A Anac informa ainda, no comunicado, que a GRU Airport indicou outras ações planejadas, como o aumento da quantidade de fiscais no pátio, a compra de veículos e equipamentos de sinalização, além de novas luminárias LED para balizamento e treinamento adicional para condutores e pessoal de solo.
Os problemas
A proibição de aumento de frequências de voos de passageiros em Guarulhos foi determinada pela Anac depois de inspeções no aeroporto. Segundo a agência, foram encontrados problemas que colocavam em risco a “segurança das operações”. Além de proibir novos voos além do limite semanal de 2.714 frequências, pelo prazo de 60 dias, a portaria da agência determinava punições caso os problemas não fossem resolvidos dentro desse prazo. O número de voos autorizados seria reduzido em 5%, para 2.578 frequências por semana.
Segundo o comunicado da medida, os problemas encontrados na época pelos fiscais foram:
. Falhas de manutenção na sinalização horizontal nos pátios de aeronaves, dificultando a visualização de pilotos durante voos noturnos e sob chuva;
. Falta de ações efetivas para revitalização tempestiva da sinalização horizontal em geral, o que tem gerado infrações recorrentes;
. Falhas na supervisão de operações no pátio, causando possíveis situações inseguras durante as atividades de apoio, que podem vir a causar ocorrências mais graves;
. Falhas na manutenção dos circuitos da sinalização luminosa e não apresentação de solução em tempo hábil.
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