Minha Casa Minha Vida: entenda a nova linha de crédito e seu impacto no mercado de imóveis de Guarulhos

Construtora de Guarulhos cresce com MCMV e aposta cada vez mais no programa. Nova linha de financiamento deve gerar novos empreendimentos na cidade.

Edvaldo Nunes

redacao@guarulhostododia.com.br

Construtora Cavazani/Divulgação

Publicado em 25/04/2025 às 20:53 / Leia em 4 minutos

Enquanto as vendas de imóveis usados em Guarulhos despencaram este ano, as vendas de novos empreendimentos vive um bom momento. Pelo menos daqueles imóveis que fazem parte do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Os subsídios e juros menores que os de mercado garantem condições de venda que atendem as possibilidades de compra de muitas famílias. Nesta sexta-feira (25), o Ministério das Cidades publicou uma portaria que atualiza os limites de renda das faixas 1, 2 e 3 do programa e cria uma nova faixa, 4, voltada à classe média.

A Cavazani Construtora, de Guarulhos, já entregou três mil imóveis pelo programa MCMV desde a sua fundação, em 2008. E se preparou para, nos próximos dois anos, lançar mais 5.684 apartamentos na região, também pelo Minha Casa, Minha Vida. A empresa trabalha principalmente para atender as faixas 2 e 3 do programa (famílias com renda entre R$ 4.400 e R$ 8.000, segundo os limites atuais) e os novos lançamentos devem ser direcionados também para esse público. “Nosso foco é atender famílias que buscam o primeiro imóvel, com qualidade, segurança e um alto padrão de acabamento — pilares que guiam nossos projetos desde o início”, afirma Cecília Cavazani, co-CEO da empresa.

O potencial da nova faixa do MCMV em Guarulhos

A construtora, no entanto, já está estudando a viabilidade de atuar na faixa 4 do MCMV. Essa nova faixa de financiamento é dirigida a famílias com renda de R$ 8.600 a R$ 12.000, que poderão financiar imóveis com valor de até R$ 500 mil. Segundo Cecília Cavazani, “enxergamos um mercado amplo e promissor nesse segmento. Entrar nessa faixa nos permitirá atender um público que também busca o primeiro imóvel, mas com outras configurações de renda e expectativas”.

A empresária vê um grande potencial da nova faixa de financiamento do MCMV para o mercado de Guarulhos: “Trata-se de um público que, embora tenha uma renda um pouco mais elevada, muitas vezes ainda enfrenta desafios para acessar imóveis de qualidade com boas condições de financiamento. Com taxas mais atrativas do que as praticadas no mercado tradicional, essa faixa pode ampliar o acesso da classe média à casa própria, estimulando a demanda e viabilizando novos projetos”.

O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, também aposta no crescimento da demanda por imóveis do MCMV com a nova faixa de financiamento:

“Essa mudança amplia o público elegível ao financiamento subsidiado, incluindo famílias que antes estavam fora do alcance do programa, mas que também enfrentavam dificuldades para acessar crédito no mercado tradicional. Em uma cidade como Guarulhos — que possui uma grande população, importante polo industrial e comercial, e uma crescente demanda por moradias — a medida tende a estimular diretamente o setor imobiliário”.

José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP

As mudanças no MCMV

Segundo a portaria publicada pelo Ministério das Cidades, foram atualizados os limites de renda das faixas 1, 2 e 3 do programa Minha Casa, Minha Vida e foi criada uma nova faixa, a 4. A portaria tem validade a partir do dia de sua publicação (25), mas não há informação de quando as mudanças estarão disponíveis na Caixa Econômica Federal ou outros bancos.

. Faixa 1: o limite de renda familiar passou de R$ 2.640 para R$ 2.850, com subsídio de até 95% do valor do imóvel

. Faixa 2: o limite de renda familiar passou de R$ 4.400 para R$ 4.700, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos

. Faixa 3: o limite de renda familiar passou de R$ 8.000 para R$ 8.600, sem subsídios, mas com condições de financiamento facilitadas. Taxas de juros entre 7,66% e 8,16% ao ano.

. Faixa 4: criada com o limite de renda familiar de R$ 12.000. O valor do imóvel deve ser de até R$ 500 mil. O financiamento pode ser de até 420 meses (35 anos). A taxa de juros é de 10%. Não há subsídio do governo. Pode ser acessado apenas para a compra do primeiro imóvel. Financiamento de até 80% do valor do imóvel. O mutuário paga a diferença.

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