Guarulhos registrou um triste recorde nesta quinta-feira (9): o dia com maior número de mortes pela dengue. O boletim divulgado pela prefeitura indica 59 mortes pela doença neste ano –até quarta-feira (8), eram 49 vítimas. O aumento de 10 óbitos em 24 horas não significa que todas essas mortes aconteceram no mesmo dia, pois alguns casos ficam em investigação e acabam sendo confirmados depois. No entanto, aponta que a situação da epidemia ainda é crítica.
O município já tem 50.994 casos de dengue. Hospitais públicos e particulares, além das UBSs, continuam lotados. Diariamente, a população reclama de longas filas de espera para atendimento e da difícil situação na área da saúde.
O estado de São Paulo tem mais de 975 mil casos confirmados da doença, com 655 mortes.
Vacine o seu filho contra a dengue
Nesta semana, Guarulhos recebeu 13.358 novas doses da vacina contra dengue para a campanha de prevenção contra a doença. Antes, a saúde da cidade só tinha 1.961 doses das 34.270 recebidas em fevereiro. São doses da vacina Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, a única vacina contra dengue aprovada para uso em todo o mundo. A vacina oferece proteção contra os quatro sorotipos do vírus.
O novo lote será usado para crianças e jovens de 10 a 14 anos que ainda não foram vacinados e também para a aplicação da segunda dose naqueles que completarem três meses da primeira aplicação. As vacinas estão disponíveis em todas as 69 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município e ainda no Ambulatório da Criança e do Adolescente. Para receber a vacina, as crianças ou jovens nessa faixa etária devem comparecer acompanhados dos pais ou responsáveis e apresentar comprovante de endereço e documento com foto ou certidão de nascimento do (a) menor.
Proteja-se!
Evitar a proliferação do vetor da dengue, o mosquito Aedes Aegypti, segue como medida mais eficaz no combate à epidemia. Mantenha caixas d’água e outros reservatórios fechados, limpe as calhas, higienize potes de água de animais de estimação, tampe ralos e pias, coloque areia nos pratos de plantas e embale objetos que acumulam água.
O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas. Além disso, recomenda-se como medida adicional de controle o uso de repelentes e a instalação de telas mosquiteiras, especialmente nas regiões com maior registro de casos.
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