Guarulhos é o sexto grande município do país com menos homicídios, em relação ao número de habitantes

Em números absolutos, Guarulhos está entre os municípios que concentraram mais da metade dos homicídios estimados no país em 2022, segundo o Atlas da Violência.

Edvaldo Nunes

redacao@guarulhostododia.com.br

Jan Marcus Trapp / Pixabay

Publicado em 18/06/2024 às 10:19 / Leia em 4 minutos

O município de Guarulhos é o sexto do país, entre os que tem mais de 500 mil habitantes, com menor número proporcional de homicídios estimados, segundo dados do ano de 2022. Foram 11,3 homicídios por cem mil habitantes. Mas, em números absolutos, a cidade está entre as que concentraram metade dos homicídios estimados do país naquele ano, com 146 casos.

As informações são do Atlas da Violência, lançado nesta terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os146 homicídios estimados em 2022 no município de Guarulhos equivalem a 11,3 casos por 100 mil habitantes, considerando a população da cidade naquele ano (1.291.771).

Os únicos municípios brasileiros com população acima de 500 mil habitantes e número proporcional de homicídios menores que os de Guarulhos são Ribeirão Preto (SP), Joinville (SC), Florianópolis (SC) e Sorocaba (SP). Considerando a região do Alto Tietê e não levando em conta o tamanho total da população, os municípios que apresentam números melhores que os de Guarulhos são Ferraz de Vasconcelos (10,6/100 mil habitantes), Suzano (10,4), Mogi das Cruzes (6,0) e Poá (5,8).

A pesquisa e os critérios

O Atlas da Violência é resultado de um estudo conjunto elaborado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é um órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, mas formado por economistas e pesquisadores, especializados em avaliar os problemas do país e as políticas públicas adotadas para lidar com esses problemas. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública é uma organização não-governamental, formada por pesquisadores, gestores públicos e policiais, especializada em pesquisar e disponibilizar dados sobre segurança pública no país.

O estudo adotou como base para seus dados o conceito de “homicídios estimados”, que soma homicídios registrados e homicídios ocultos. Homicídios registrados são apurados a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, que são as mortes registradas por agressões ou intervenções legais, segundo a classificação internacional de doenças (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS). Já os chamados homicídios ocultos são aqueles registrados como mortes violentas por causa indeterminada (MVCI), mas que seriam homicídios. A definição parte de um método científico reconhecido e apresentado no estudo.

Dados do Brasil e estados

O Brasil registrou uma taxa de 24,5 homicídios estimados por 100 mil habitantes em 2022. Uma queda de 1,6% em relação ao ano anterior e de 20,5% em relação a 2012, dez anos antes. O estado de São Paulo teve um registro de 12,0 homicídios estimados por 100 mil habitantes, com aumento de 2,6% em relação a 2021, mas queda de 33% em relação ao 2012. Entre os estados, a maior taxa registrada foi na Bahia, com 46,8 homicídios por 100 mil habitantes, seguida do Amazonas (43,5), Amapá (41,8) e Roraima (41,8).

Os dez municípios mais violentos do país em número de homicídios estimados por 100 mil habitantes, que é considerado o indicador mais preciso, foram Santo Antonio de Jesus-BA (94,1), Jequié-BA (91,9), Simões Filho-BA (81,2), Camaçari-BA (76,6), Juazeiro-BA (72,3), Altamira-PA (71,3), Sorriso-MT (70,5), Cabo de Santo Agostinho-PE (66,9), Salvador-BA (66,4) e Feira de Santana-BA (66,0). Em 1.548 municípios do país o índice foi zero. Ou seja, não houve registros de homicídios durante o ano de 2022 e o modelo não encontrou sinais de homicídios ocultos. Portanto, não houve nenhum homicídio estimado.

Se quiser saber mais detalhes do estudo e dados de algum estado ou município específico, você pode acessar o Atlas da Violência diretamente no site do Ipea.

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